Storytelling: o que é e como usá-lo em seus emails?

Micheli , Invited guest @ Mailrelay

O storytelling está na moda e você sabe disso.

Todo mundo está falando sobre diferenciação, sobre como é necessário se destacar em um mundo tão igual, onde todos parecem oferecer as mesmas soluções.

Um recurso que é muito mencionado para se diferenciar e se destacar é justamente o protagonista da postagem de hoje: Storytelling; em uma breve descrição, trata-se da arte de contar histórias.

Partimos desse ponto, mas não se assuste, não queremos que esta seja apenas mais uma postagem sobre o assunto.

Vamos nos aprofundar no assunto de forma mais precisa – porque as histórias usadas em campanhas de marketing não são as mesmas que as que uma criança de 7 anos gostaria de escutar. Por isso, vamos falar sobre como aplicar este tipo de técnica em sua estratégia de marketing.

Vamos começar?

O que é, de fato, storytelling?

“Storytelling” é a arte de contar histórias. Esta é uma explicação precisa, porém muito vaga.

Contar histórias para fazer com que o leitor sinta empatia por nós e acabe se convertendo” já é mais específico e igualmente apropriado para o mundo do marketing em que nos encontramos.

O storytelling aplicado ao email marketing é um recurso para fazer com que o leitor – seu cliente em potencial – sinta empatia por alguém – o protagonista da história e acabe interessado nela:

  • Ele irá se identificar com a história
  • Ele irá se lembrar da marca
  • Ele também poderá responder ao seu email
  • Clicar em um link

Todas essas etapas buscam o objetivo final mais relevante: a venda. A conversão.

Você conta histórias para que, mais cedo ou mais tarde, seu leitor compre o que você vende. O final.

Como integrar storytelling à sua estratégia de email

Ok, o storytelling deixou você feliz.

Próxima etapa: como começar a tirar o máximo proveito desta técnica em sua estratégia de marketing?

Aqui estão os ABCs – literalmente, os ABCs.

#A. Diga-me quem você é e eu lhe direi sobre o que escrever.

A primeira coisa a fazer é olhar para dentro e ver se a sua empresa se sairá bem com storytelling em newsletters.

Se você é uma agência funerária, não faz muito sentido contar histórias do cotidiano, principalmente porque você provavelmente nem teria uma base de dados.

Você seria uma daquelas empresas sobre as quais ninguém quer saber, por razões óbvias.

Se você vender serviços de consultoria jurídica, terá muito material que poderá usar em histórias interessantes para os seus leitores – desde que você sempre respeite a confidencialidade em todos os momentos, é claro.

Se você é uma marca pessoal, tem uma vida inteira de experiências para contar.

No final das contas, o que importa é que o leitor humanize sua marca; portanto, mesmo que você não seja uma marca pessoal, mas uma uma empresa “séria”, storytelling eliminará a barreira da impessoalidade que impede que a conversão seja completada.

Não é preciso dizer que a aparência interna de sua empresa também determinará quem é seu buyer persona.

Outro elemento a ser levado em conta quando se trata de storytelling:

Para quem você irá contar suas histórias?

#B Pense nos objetivos a serem perseguidos

Uma vez que você tenha clareza sobre o material que possui e a quem vai contar sobre ele, você precisa considerar os objetivos que você deseja alcançar.

Na verdade, você pode definir os objetivos com antecedência, não importa.

  • Você quer que o leitor clique no link em um dos emails e compre um produto de 900 euros de você?
  • Você quer que ele clique e agende uma sessão de consultoria?
  • Você quer que eles respondam ao seu email?
  • Solicitem um orçamento?
  • Que lembrem-se de você e comprem no futuro próximo?

Existem metas para aborrecê-lo. Pense no que você deseja alcançar ao “irritar” seus assinantes, porque se você exagerar, as consequências serão sentidas em breve.

#C Vamos planejar com antecedência

Portanto, agora tudo o que você precisa fazer é planejar. Você já tem vários pontos positivos a seu favor:

  • Histórias e outras anedotas
  • O buyer persona alvo, que você deseja converter
  • Os tipos de conversões que está buscando
  • Agora você precisa pegar tudo isso, colocar no liquidificador e criar uma estratégia de storytelling para suas newsletters, que seja sustentável ao longo do tempo.

-Quando você enviará emails? Diariamente? Semanalmente? Uma vez por mês?

-Você irá criar emails com chamadas à ação? Se sim, serão links com texto ou botões?

-Todos eles serão histórias de vendas, apenas histórias, muito comerciais, ou haverá uma combinação?

Assim como você certamente já usa um calendário editorial para seu blog ou mídia social, crie um para sua newsletter e vá em frente.

Dicas para aplicar técnicas de storytelling nos seus emails

Vamos ver agora algumas dicas úteis para criar histórias únicas.

A linha de assunto do email é a porta de entrada

Quando você envia uma campanha de mala direta para uma lista de assinantes, eles irão ver uma linha de assunto e o nome do remetente na caixa de entrada deles.

Muito breve.

Aqui é preciso ter muito cuidado, pois você precisa vencer dez ou doze outros concorrentes – ou mais; tudo irá depender da frequência com que seu assinante limpa a caixa de entrada dele e deleta emails não lidos.

Criatividade, pontos de partida, dados, dicas de que o que vem a seguir é interessante. O objetivo aqui não é vender produtos, mas fazer com que o leitor abra o email.

Essa é a única missão.

Como você “venderia” uma história em poucas palavras?

A criatividade desempenha um papel importante aqui, pois pode lhe poupar muito tempo. Caso contrário, você terá de investir para criar outros tópicos:

  1. O dia em que a empresa perdeu 2.500 euros sem saber.
  2. Meu atual parceiro me recusou 4 vezes antes de dizer sim
  3. Quando um final feliz tem um começo desastroso

Não dá vontade de ler o email por trás dessos títulos? certamente sim, você está até desejando que o segundo seja real, para ver o que o autor do email fez para conseguir convencer seu parceiro a mudar de opinião depois de várias tentativas sem sucesso.

Situe o leitor sobre fatos relevantes no início do email: toda história começa com um onde, quando ou quem.

Comece sua história colocando o leitor em uma situação, para que ele saiba o ponto de partida.

Onde, quando, quem… qualquer coisa serve para situar o leitor, para que ele queira continuar a ler:

  • Era um dia de janeiro de 2017, quando…
  • 2017, Madri. Eu não tinha um centavo no bolso…
  • Minha amiga Marta tem algumas coisas.
  • Outro dia eu estava no consultório do dentista quando …

Na terça-feira, um homem vestido de rosa entrou no consultório…

Um bom começo, que motiva o leitor a continuar lendo, dá a você todas as chances para que o receptor siga engajado.

Explique a situação, se possível através de uma experiência cotidiana: ela deve ser crível.

A história deveria ser breve, porque estamos criando um email e o conteúdo não pode ser longo ou não será lido em dispositivos móveis, ele deve ser/parecer real.

Se você contar mentiras, ficará óbvio que é uma mentira e você perderá a credibilidade. Zero empatia nesse caso, que é o que você está procurando antes de fazer a conversão.

Se na terça-feira você falar sobre a viagem que fez às Bahamas e na sexta feira enviar um email dizendo que conhece o Messi… Este tipo de mensagem soará muito estranha e afetará a forma como seus assinantes percebem você.

Incomum.

Inacreditável, mesmo que seja real.

Seria muito melhor usar situações cotidianas, que acontecem com todo mundo, e é muito mais fácil que as pessoas se identifiquem com elas:

Aquele dia em que o chefe adormeceu durante uma reunião de equipe.

O jantar na empresa quando Marcos, do setor de vendas, desapareceu por duas horas e ninguém nunca descobriu o que ele estava fazendo.

Quando você chegou ao escritório com os sapatos molhados e deixou o escritório inteiro todo sujo.

É preciso que aconteça algo que provoque uma mudança no personagem principal

Em algum momento da história que você conta, tem de acontecer algo que se conecte de alguma forma com o objetivo do email, se você está tentando buscar uma conversão direta.

Esse “algo” é o que dá vida ao email, a razão pela qual o destinatário o lê e, ao mesmo tempo, o que irá gerar a conversão.

Se você quiser apenas fomentar imagem de marca, pode dizer esse “algo” e não colocar uma chamada à ação no final.

Se seu objetivo é fazer com que o leitor faça algo – clique em um link ou botão, responda, encaminhe o email…, esse “algo” será o gatilho que o empurrará nesta direção.

Digamos que você queira enviar um email e usar storytelling para exemplificar uma situação de um cliente que recorreu aos seus serviços para contestar uma multa injusta; porque ele nem estava na cidade no dia que a infração foi registrada.

Você pode contar a história com todos os tipos de detalhes e incluir uma chamada à ação no final do email como esta:

“Se, assim como A Karen isto aconteceu com você, é melhor buscar ajuda legal para resolver este problema”, com um link que irá direcionar o leitor para a página de serviço jurídico que você está promovendo.

Encontrar esse link não é fácil nas primeiras vezes, mas a prática leva à perfeição.

Um pagamento de aluguel atrasado pode estar relacionado à venda de um par de tênis? “Corra mais rápido do que quando paguei o aluguel em fevereiro passado”.

O fato de seu telefone celular ter estragado se encaixa bem com a solicitação de uma cotação para um terno sob medida? “Não podemos fazer nada para concertar seu dispositivo, mas podemos fazer um terno com bolsos anti-queda, para que isso não aconteça novamente com o novo smartphone que você comprar”.

Em outras palavras: treine e não seja muito rígido com suas conexões.

Aproveite os postscripts

Quando não estamos com vontade de ler, tendemos a voltar nossos olhos para o postscript, onde achamos que há informações relevantes, divertidas ou resumidas.

Tire o máximo proveito disso.

Quando você estiver aplicando storytelling em seus emails, use esta parte da mensagem para

apontar algo, resolver algo pendente durante a redação, avisar sobre o que está por vir ou repetir a chamada à ação.

Tudo é possível, pois essa é a parte menos formal do email:

P.S.: Mergulhei meu telefone no arroz e não havia como secá-lo. Adeus iPhone.

P.S.: no final, o chefe acordou e fingiu que não era nada, como se nenhum de nós tivesse notado.

P.S.: O proprietário da casa reclamou, mas foi só isso, porque em março eu paguei tudo o que devia.

Você pode até colocar vários postscripts no mesmo email:

P.S.1: no final, o departamento fiscal nos deixou em paz, mas isso custou sangue, suor e lágrimas.

P.S.2: É melhor contratar um consultor especializado, para evitar surpresas mais desagradáveis no futuro.

P.S.3: se quiser nossa ajuda, lembre-se: Estamos aqui.

A inspiração vem do seu dia a dia, longe do computador

E de onde vêm as ideias? Como você pode fazer para contar histórias por semanas a fio sem ficar sem recursos?

A premissa ainda é não inventar nada, veja bem.

Para obter ideias, você pode anotar todos os dias 2 a 3 coisas que viu ou que aconteceram com você:

Notícias que você leu

  • Algo que um amigo lhe disse
  • Algo que aconteceu no escritório
  • Um evento esportivo
  • Um programa de TV
  • Algo que você viu na academia

Você pode obter inspiração de qualquer situação cotidiana. A recomendação final é que todos os dias, no final do dia, você dedique 2 minutos de seu tempo para anotar esses simples acontecimentos ou ideias que podem ser transformados em uma história para seus emails.

Se o cartão por aproximação do seu cartão de crédito não funcionou quando você estava com pressa, isso é suficiente para um email; se você saiu do supermercado extremamente frustrado porque o sistema havia caído por meia hora, adicione o evento à lista e em outro dia, fale sobre o que aconteceu e acrescente que o serviço de manutenção de Websites que você oferece nunca falha.

Storytelling e email marketing: é hora de colocá-los em ação

Bem, você já tem o básico para começar: você precisa de uma estratégia, pense em quem você é e quem é seu comprador, sobre o que você vai falar e o que não pode faltar em nenhuma mensagem.

Em outras palavras, a teoria já existe; você só precisa colocá-la em prática.

Comece a coletar ideias. Compre um pequeno caderno ou crie uma nota em seu celular no qual você pode adicionar eventos diários que poderiam ser inspiradores.

E comece a escrever, sem medo. Deixe fluir e, pouco a pouco, você vai se sair melhor. O importante é que você perceba que, por trás dessas histórias, há uma pessoa real.

Depois de um tempo, como que por mágica, você se surpreenderá dizendo para si mesmo “isso poderia ser interessante para um email”, o que significa que storytelling se tornará parte de sua vida cotidiana.

Traduzido por Micheli.

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